segunda-feira, 14 de maio de 2012

PMDB Estadual dá grito de independância


PMDB dá grito de independência

11 de maio de 2012 


Não foi apenas um Encontro Estadual do Força 15 que aconteceu no Hotel Castelmar, com a presença de algumas de suas lideranças. Foi uma proclamação de independência e um grito de liberdade política e eleitoral em relação as eleições municipais e, sobretudo, sobre a disputa ao governo em 2014.
Pelo menos três oradores reafirmaram a tese da chapa própria do PMDB ao governo: o deputado Mauro Mariani, o prefeito Dário Berger e o ex-governador Paulo Afonso Vieira. E, não por simples coincidência, os três se homenagearam reciprocamente com manifestações elogiosas e pacto político de unidade.
Deputado federal mais votado nas últimas eleições, Mauro Mariani foi o mais mordaz nas críticas ao governo estadual e na declaração de autonomia. Disse que não tem nada a ver com a atual administração e que o partido errou ao abandonar o projeto próprio em 2010. Insistiu em candidatura dentro de dois anos.
Dário Berger enfatizou que o PMDB tem que se preparar para ser o principal protagonista nas eleições de 2014. Não admite que venha a ser coadjuvante. Não mencionou mas referia-se, claro, às últimas eleições, em que o partido abriu mão da candidatura de Eduardo Moreira para se aliar a Raimundo Colombo, do PSD.
- O desafio é a sucessão estadual – afirmou o prefeito da Capital. O PMDB tem que ser maior este ano para novas conquistas futuras.
A proclamação mais contundente partiu do ex-governador Paulo Afonso Vieira. Fez um histórico de sua vida e do PMDB, relatando que desde os oito anos tem militância partidária. E que depois de sua família, o que mais tem marcado sua trajetória em 46 anos tem sido o PMDB. Incentivou os líderes presentes às lutas futuras, depois de mencionar conquistas passadas.
Investidas
Para o ex-governador, o apoio que o PMDB dá ao atual governo é só administrativo: “Se num município, o partido do governador tiver um candidato contra nós, nós vamos derrotar o candidato do governador e o governador.”
Incentivou e prometeu idêntico tratamento em relação ao PT: “Se o partido da presidente da República tiver candidato a prefeito, vamos derrotar o candidato do partido da presidente e a presidente”.
Paulo Afonso Vieira ratifica a tese de que as eleições de Florianópolis serão decisivas para as próximas eleições ao governo. “Aqui estão sendo redigidas as primeiras páginas das eleições de 2014”. E descarregou elogios em Dário Berger “o maior prefeito da história de Florianópolis” e oxigenou a candidatura de Gean Loureiro.
O presidente estadual, Eduardo Moreira, que há dois anos decidiu pela aliança com Raimundo Colombo, testemunhou toda a nova retórica de independência partidária. Não se manifestou. Suas declarações foram todas de unidade do PMDB e de seu potencial para as próximas eleições. Citou os números sobre a estrutura atual que coloca o partido como o maior de Santa Catarina e das perspectivas eleitorais.
Ouvido depois, Eduardo Moreira disse que os discursos revelam a pujança do partido e que o futuro da coligação vai depender das eleições municipais e do tratamento que o PMDB receber do governador.
O vice já levou apreensão ao governador sobre a campanha contra as Secretarias Regionais. Colombo respondeu que o PMDB “é sócio do governo” e defende a coligação. A divergência, contudo, está ficando cada vez mais evidente.

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